O uso do barrete no Novus Ordo

Colarinho Romano
12 de jul. de 2022
2 min de leitura

Atualizado: 7 de ago. de 2022

A foto de capa foi concedida pela Arte Sacro Paramentos e Objetos Litúrgicos.

Este artigo trata de como usar o barrete na Missa do Novus Ordo. Ao fim, há fotos com um resumo para serem baixadas e compartilhadas. A intenção é ajudar aos sacerdotes que desejam usá-lo, e facilitar ao máximo o acesso a esse conhecimento.

O barrete é uma espécie de chapéu quadrado com três palas e uma borla no topo. Seu uso remonta aos tribunais civis, onde era utilizado por juízes para proferir sentenças. E assim como os juízes podem utilizar um chapéu como esse para proferirem julgamento, os sacerdotes — detentores de autoridade espiritual — utilizam o barrete para demonstrar autoridade e jurisdição.

No entanto, o tribunal de Deus sempre absolve um réu arrependido!

Todos os membros do clero podem utilizá-lo e sua cor varia com grau de dignidade de quem usa. Inteiramente preto para os padres (ou com borla violácea para os monsenhores), violáceo para os bispos, vermelho para o cardeais e branco para o papa.

Os livros litúrgicos atuais não contêm rubricas a respeito do uso do barrete e, por isso, o que normalmente se faz é uma adaptação a partir das normas antigas. De maneira geral, seu uso se assemelha à mitra: usa-se para procissões e quando se senta.

Assim, o sacerdote usa o barrete para a procissão de entrada e retira antes de subir ao presbitério. Ao sentar-se, recebe o barrete e cobre a cabeça. Na aclamação ao Evangelho, retira o barrete ao se levantar, colocando-o novamente quando iniciar a homilia.

Caso haja diácono, o sacerdote espera a preparação das oferendas sentado e usando barrete, retirando quando levantar-se para tomar o pão e o vinho e oferece-los no ofertório. Ao fim da Missa, se houver avisos e o sacerdote os ouvir sentado, usa o barrete. No entanto, a benção final deve ser concedida de cabeça descoberta. Por fim, o sacerdote recebe o barrete após saudar o altar, colocando-o na cabeça para a procissão de saída.

Diferente da mitra, que é imposta ao bispo pelo diácono ou cerimoniário, o sacerdote sempre recebe o barrete e impõe a si mesmo, utilizando a mão direita. O lado sem pala fica sempre voltado para a esquerda.

Por fim, cabe dizer que jamais se faz inclinação ou genuflexão com o barrete na cabeça. Deve-se retirá-lo, executar a reverência e, em seguida, colocar novamente o barrete (a não ser que a ação seguinte proíba seu uso, como, por exemplo, dar uma benção).